domingo, 9 de fevereiro de 2014

SEMANA DE 10 A 16 DE FEVEREIRO 2014

SONHOS
Eu sonho, e eles se realizam
Não tenho sonhos megalomaníacos
São bem comuns... até porque,
Sonho só com o que preciso
Pra viver bem e ser feliz...
Ter aquilo que me basta
Pois bem sei que tudo passa...
Sonho com a família
Feliz... se dando bem
Com um futuro lindo pros netos...
Sonho em ter vida longa
E os meus amigos por perto
Não sonho com o supérfluo...
Pra mim, meus sonhos são grandes
Sim... são bem grandes pra mim...
Porém, não sei se pra vocês
Eles soam grandes assim...
Sempre, desde criança
Sonhei escrever muitos livros
Tentei... ah, como eu tentei...
Mas eles nunca fluíram...
De repente, tive um sonho
Desses que se tem dormindo
Me diziam pra escrever
Qualquer coisa... o que saísse...
Sem me importar com temas
Só o cotidiano... o simples...
Sem querer rebuscamentos
Então, a partir daí
Fui me deixando levar
E esse é mais um sonho
Que agora eu realizo
Não paro mais de escrever
Tudo me vem... As coisas fluem
De maneira surpreendente
Brotam feito água das fontes...
Quando escrevo me completo
Sinto a vida bem mais doce
Tudo em mim é paz... me acalma
Quando escrevo, limpo a alma...


sábado, 1 de fevereiro de 2014

PARABÉNS PRA MIM


PARABÉNS PRA MIM

Hoje é meu aniversário

Nasci há muitos, muitos anos...

Poderia até dizer há quantos

Mas não, eu não digo

Nem mesmo sob tortura...

Diria só com a promessa

De assim, ganhar o céu...

Sou vaidosa pra dedéu...

Mas são tantos, tantos anos...

Completados, bem vividos

Repletos de grandes sonhos

Desencantos, choros, glórias

Porém muito, muito mais vitórias...

Eu venci, na minha história

Tenho coisas de sobra

Pra contar, rememorar...

As tristes, quando as conto

Às vezes ainda choro

Depois, rio feito boba

Das alegrias do agora...

Do presente, eu me encanto...

Meu passado, está presente

Na colheita dos meus frutos

Meus amores que são tantos

Colhem os louros comigo...

Minha vida, eu construí

Tão rica... cheia de graças

Que gerou já vários livros...

Sai agora o primeiro

Com o nome "VI DA VIDA"...

Fevereiro... meu mês de sorte

Foi nesse mês que eu nasci

Nesse mês eu me casei...

Então conto pra vocês,

Meus amigos, meus tesouros

Uns, de tão longa data

Outros, bem mais recentes

Mas todos são parte de mim...

Sou muito grata a vocês

Batam palmas... festejem comigo...

Sim... Hoje eu louvo mais um ano

De vida... realizações

Sou feliz, cheia de planos

E de presente, peço a vocês

Que continuem comigo

Sempre... meus bons amigos...

Beijo vocês...

 

 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

SEMANA COMECANDO EM 20.01.2014


OS ANOS QUE ME RESTAM

Já vivi uns tantos anos
O bastante pra aprender
O que devo, posso e quero
Pra mim, nos anos que restam...
Tanto tempo já vivi...
Por isso me cabe aqui
Dizer sem falso pudor
Sem medo de revelar
Que aquilo que aprendi
Me faz pensar no melhor
Pra viver meus outros anos
Ainda qui neste plano...
Dez... vinte, se tanto
Tão pouco, passam depressa
E então a hora é essa
De viver intensamente...
Escolher viver ao lado
De pessoas que me tragam
Alegria, força, luz...
Não me deixar seduzir
Por coisas reles, banais...
Ouvir mais os sons lá fora
Não ter pressa de ir embora
Se o momento for feliz...
Escutar mais as pessoas
Valorizar bem o tempo
E saber que os contratempos
Também passam...vão embora
Chorar mais de alegria
Não curtir as dores frias
Perceber a dor do outro
Ajudar, sofrendo pouco
Cultivar plantinhas bobas
Olhar nos olhos do outro
Abraçar o abraço forte
E não ter a tal vergonha
De demonstrar meu amor...
Fazer mais aquilo que gosto
Tais como ler... escrever...
Passear sempre que posso
Escolher, no prazer da mesa
O que me for mais saudável...
Não viver fazendo dietas
Mas comer com parcimônia
Sem banir do meu cardapio
As coisas que eu mais gosto...
Priorizar a família
Sempre mais... querer ficar
Junto dos meus, dos que amo
Usufruir da alegria
De estar com os meus netos
Enquanto ainda crianças
Porque depois que eles crescem
Alçam voos mais distantes...
Rir mais, se é que é possivel...
Rir de mim... sorrir pra todos
Me entregar de corpo e alma
Revelar meus sentimentos
Sem medo de ser piegas...
E na entrega, permitir
Caminhar a vida, leve...
Sem pressa...
Que a vida é breve....




PAVOR

Passou zunindo por mim
Assobiando, varrendo
Um vento de arrepiar
Parecia o fim dos tempos
Me sentei no chão com medo
Pra não dizer pavor
Chamei Deus Nosso Senhor
Poi só Ele me ouviria
Naquela estrada deserta
Parecendo, ao meio dia
Só eu habitar por lá...
E então desabou a chuva
Muita pedra enchendo o chão
Coração batendo forte
Senti medo da morte
Morrer tão nova, não dá...
Tinha comigo meus livros
E os cadernos de escola
Estavam num embornal,
Foi minha mãe quem fez
Ensopado, até pingava...
Meu lanche de pão com ovo,
Inteirinho se desfez...
Naquele dia de chuvas
Ventos, raios, trovoadas...
Alguém passando me viu
E me levou pra casa       
Disseram que desmaiei, não sei...
Não me lembro de mais nada...




MOÇO BONITO

Um carro passou
Cachorro latiu
Menina tão bela
Saiu na janela
Viu moço bonito
Ficou antenada
Olhou pela fresta
Virou a tramela
Penteou os cabelos
Mirou-se no espelho
Gostou do que viu...
Ajeitou suas tranças
Ensaiou uma dança
Bailou feito anjo
Voltou, espiou
O moço não viu...
São cinco da tarde       
Chamou de covarde
O moço tão lindo
Podia esperar
Mas ele sumiu...
Dormiu só pensando
Esperando, esperando...
Então noutro dia
As cinco da tarde
Cumpriu ritual
Olhou pela fresta
Os olhos brilhando
Olhar no olhar...
Ah, moço bonito...
Valeu esperar.....




FALANDO COM DEUS

Deus, fale comigo
Preciso ouvi-lo melhor
Vem aqui, meu grande amigo
Meu terno Pai, guardião
Tenho tanto pra contar...
Coisas que até nem sei
Por onde vou começar
Vem aqui... me ouve
Me abraça o abraço forte
Que só Você tem pra dar
Preciso do Seu consolo
Seu apoio, Seu amor
Quero a paz que Você tem
Quero só o que me convém
Pra viver a vida em paz
Vem... me enche de esperança
Traz em mim a luz que emana
Do Seu nobre coração...
Me descansa no Seu colo
Me acolhe, me consola
Fale a mim com o saber
Que só Você sabe ter...
Preenche qualquer vazio
Me faça encontrar a fé
Aquela que faz mover
As montanhas do lugar...
Me ensina a ser filho bom
Complacente, amoroso,
Generoso e tudo o mais...
Tras em mim, ó Pai amado
Seu conforto,,, Sua paz...
Que eu possa aprender
A pensar só o melhor
E que seja meu dizer
A criação de tudo aquilo
Que mais quero, que me apraz...
Seja eu, ó Deus bendito
Emissário do saber
Da grandeza, da beleza
Que em mim Você gerou
Pra espalhar no mundo todo
O que Você gentilmente
Com seu amor me ensinou...
Amém...

















PESSOAS EGOCÊNTRICAS

Ah... é chato, muito chato
Quando nos deparamos
Com os tais egocêntricos
Só falam de si, dos seus feitos
Pensam mesmo que são o centro
De tudo...já que o mundo
Gira só em torno deles
Só eles são espertos
Antenados...sabendo coisas
E estão sempre certos
Por isso, nunca se interessam
Pelas coisas do outro
Nem ouvem quando contamos
Nossas alegrias, nossos feitos...
Mas quando perguntamos algo
Até por educação
Não param mais de falar
Fazem a maior explanação...
Contam detalhes
E, se no meio da conversa
Contamos algo sobre nós
Eles não se interessam
Voltam logo ao outro assunto
Aquele...que só interessa a eles...
Seu mundo não é o nosso
E quando saem de perto
É um alívio... ah... é sim...
Não gosto...aliás, ninguém gosta
De ter por perto
Pessoas assim.....



























MORRER

Quando eu morrer
Não quero velas
Nem mesmo flores
Meus amores quero lá
Só pra se despedirem
Dos meus despojos
Sem muito choro...
Não precisam perder sono
Que se poupem...
Vão pra casa descansar...
Porque eu vou estar longe
Em busca do meu lugar
E tão leve quanto a pluma
Quero estar voando alto
Só passando vez ou outra
Pra matar minha saudade...
Quando eu me for daqui,
Quero que fiquem bem
As pessoas que me amam...
Sem sofrer... porque eu sei
Vou encontrar meu lugar
Pois se é bom estar aqui           
Bem melhor é estar lá
Sem o corpo pra pesar...
É assim que imagino
Quando a hora então chegar...






ELA PASSOU

Ela não passa mais
Todo dia, à mesma hora
Por aqui, pelos lugares
Onde passava outrora...
Ela já nem mora aqui
Saiu cedo, foi embora
Trocou as vestes banais
Por outras mais informais...
Caprichou no visual
Era mulher tão formosa...
Vestiu branco, vestiu luz
Reluz alegre seu manto
Flutua leve... pairando...
Não está mais entre nós...
Brilhou tanto seu sorriso
Hoje faz sorrir os anjos
Baila o seu doce bailado
Qual fossem anjos dourados
Bailando na imensidão...
Viaja pelas estrelas
Faz mais belo o céu azul...
Ás vezes me sopra leve
Uma brisa tão sutil
Pode ser que seja ela
Me alegra imaginar
Que pode mesmo ser ela
Me dizendo que é feliz...












CHORONA

Houve um tempo bem distante
Em que chorar não se podia
Mas eu chorei tudo o que pude
Nunca segurei as dores
Nem as lágrimas abundantes
Que jorravam com frequencia
Não tinha esses pudores
Pra mim o choro foi sempre
Bem chorado, revelado...
Que me vissem como fosse
Chorona, molenga, fraca
Mais ainda eu chorava
Sim... chorei, chorei com gosto
Dos desgostos, das angustias
Das penúrias, desencantos
Chorava bem no meu canto
Me lembro que certa vez
Quando eu tinha uns cinco anos
Chorei...ninguém foi pra ver
Porque o choro era tanto...
Chorei até que o sono
Me fez dormir soluçando
E então, quando acordei
Continuei chorando
Já nem sabia porque
Mas creio que de tristeza
Frustração ... carência
Impotência... sei lá...
Seja o que for,
Deixa pra lá...





MEU VELHO GALO

Tinha em casa um galo branco
Crista enorme, já velhote
Cantava na madrugada
Eu amava aquele galo
Amava também seu cantar...
Me acostumei... me acordava
Cedinho...aquele som...
Meu pai coava o café
No bule todo amassado
Fogão a lenha rachado
Coador velho de pano
Eu ficava só escutando
O cantar forte do galo
Acordando a redondeza
Não precisava relógio...
E o barulho começava
Cacarecos... ecos da cosinha
Das pretas panelas de ferro...
Aos domingos antes da missa,
Matava-se uma galinha
Minha mãe deixava aceso
O fogo baixo, quase só brasas
E a galinha fervendo
Em muita água
Se era velha,
Demorava amolecer...
E íamos todos nós
Pra missa... jejum no duro
Que comungar não podia
Se comesse, ou bebesse alguma coisa
Sacrilégio tomar a hóstia
Não estivesse em jejum...
Ah... e a missa tão comprida...
Santo Deus..não acabava
Aquele sermão durava....
A gente voltava pra casa
Com o estômago doendo
Então, dez horas da manhã
A galinha já cozida
Todo mundo almoçava
Era festa aos domingos
Ter galinha no almoço...
Mas então, aconteceu
Que numa dessas manhãs
Minha mãe pos fim no galo
O meu galo cantador
Meu relógio musical
Meu amigo acordador...
Não comi daquela carne
Olhava todos comendo
Sentia uma raiva danada
Vontade de vomitar
Fiquei mal, agoniada
Demorou me acostumar...
E por muito tempo depois
Bem cedinho, madrugada
Sempre na mesma hora
Ele ainda me acordava.....





CACHORRINHO SEM DONO

Apareceu no quintal
Do sitio onde eu morava
Um cachorrinho bem preto
Olhinhos vivos, brilhantes
Me afeiçoei ao bichinho
Mas mandavam ele embora
Não gostavam de cachorros
Nem sei porque não gostavam
Jä que a explicação que deram
Nunca me convenceu...
Tentei ficar com ele
Não deixaram... tinham medo
Contavam que em tempos idos
Um parente da família
Havia sido mordido
Por um tal cachorro louco
Era assim que eles diziam...
E que não houve meios
A prima acabou morrendo
Eu não entendia aquilo
Queria ele pra mim
Me escondia atras da casa
Com ele sempre no colo
Ah, se meu pai descobrisse...
Arranjava sempre um jeito
De dar-lhe uma comidinha
Mas tudo muito escondido
E quando ia pra escola
Ficava sempre pensando
Será que vou encontrar
Ainda lá meu cachorrinho?
Mas passado poucos dias
Encontei o cão pretinho
No meu caminho de volta
Ferido de morte, agonizando
Nada eu pude fazer
Se vivo ninguém queria
Quase morto, iam querer?






IPÊ FLORIDO


Sob um ipê florido
Crescido em meio a pedras
Me sentei... fiquei ali...
E vendo flores tão belas
De um amarelo dourado
Fiquei tempo meditando
Pensando no meu presente
Recordando meu passado...
Tinha urgência de pensar...
A cada instante, uma flor
Caia perto de mim
Algumas em meu colo
Outras forravam o solo
Deixando o chão colorido
De um amarelo ímpar
E caiam... e caiam...

Sem pressa...bem devagar
Cheguei a me emocionar...
Comparei à minha vida.
Me vi semente,  brotando,
Crescendo em meio ás intempéries
Sol, chuva, tempestades
Poucas brisas de passagem
Mas a plantinha, mesmo assim
Crescia em meio ás pedras
Se formando aos empurrões
Porém firme, raízes fortes
Tronco de belo porte...
Folhas verdes deram vida
Aos seus galhos gananciosos
Por viver, se enfeitar...
E assim, sem mais,
Forrou-se de botões
Que ao se abrirem
Nada, nem ninguém
Ousou cercear as flores...
E a árvore foi além
Aos poucos foi dando frutos
Não cansou de florescer...
Fiquei pensando...pensando..
Qual árvore seria eu...
Ipê, acácia, mangueira...
Amoreira, sapoti...
Amo as flores, amo os frutos
Então escolhi ser todas
As árvores que há no mundo...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

17 janeiro 2014


MINHA AMIGA PROSTITUTA

Ela era prostituta
Eu posso dizer sem culpa
Que fui das poucas pessoas
Tidas como “gente séria “
Que a ouvia, ia com ela
Quase sempre que sozinha,
Passava em minha casa...
Íamos juntas à missa...
O caminho era longo
E a gente conversava
Na ida e na volta...
Ouvia suas misérias
Revoltas, mazelas...
Alguns viravam-lhe a cara
Beatas se benziam
Quando na igreja ela entrava
Não davam lugar no banco
Não podia comungar
Daquele Deus que era delas...
Absolvição não lhe davam
Quando ia confessar...
Vá em paz, dizia o padre
Mas não peque nunca mais....
E que jeito, não pecar....
Mas as beatas, aquelas   
Que atiravam suas pedras
Ah... elas podiam...
Entravam na fila
Feito anjos, recebiam
O Deus que não comungava
Daquela triste conduta
Falsa moral...
Sangravam a prostituta...
Madalena revivida
Sem dó, sem tréguas
Tentando levar a vida
Lembro bem...não me arrependo
Ter sido então sua amiga...
Gostaria de encontra-la
Era tão jovem  menina...
Onde andará, querida...
Algum dia nos veremos
Em outros cantos da vida....



               
MEU RIO

Queria um rio só pra mim
Passando...levando manso
Qualquer tristeza daqui...
Queria um rio cristalino
Descansado... indo...
Com caída feito música
Pra eu ouvir calada
Bem na calada da noite
E dormir no embalo
Do balanço das águas...
Queria um rio  passando
Pertinho de onde eu moro
Sem pressa... com tempo
Deixando o tempo passar
Levando de mim
Qualquer mágoa
Que em mim possa restar...
Um rio sem compromisso
Submisso, generoso
Banhando meu corpo nu
Qualquer hora que eu quisesse...
Daria ao rio minhas  preces
Comungaria com ele,
Meus segredos inconfessos
E de resto, pediria
Pra ele nunca secar
Continuar comigo...
E quando eu me fosse,
Me levasse leve, manso
Como leve vão os anjos
Sem choro... sem pranto...











VENDER DOCES

Minha mãe fazia doces
Pirulitos, martelinhos
Conhecem? Pirulitos todos sabem
Era só queimar o açúcar
Botar gotas de limão
Depois faziam-se cones
Enchidos com essa calda
Frios, eles endureciam
E a criançada adorava
Martelinho, mais complicado
Não sei agora explicar
Era meio puxa puxa
Sei lá... duro de mastigar
Durava muito na boca
Era um doce econômico
E a criançada era louca
Por aquele doce estranho
Saíamos vender então
Porta da escola, cinema,
Ou batendo nas casas
Doces assim tão baratos
Todo mundo comprava
Alguns as vezes sobravam
E minha mãe reformava
Punha outra vez no fogo
Todo dia a mesma coisa
Vender, vender, vender
Naquele sol inclemente
Pirulitos escorrendo
Lambuzando inteiro a gente
Ah...não sinto saudades
Também não tenho tristeza
Nem tampouco revolta
Mas me alegro quando penso
Que o mundo dá suas voltas...





REBELDIA

Quanto trabalho eu tive
Pra desentortar, remodelar
E salvar como pudesse
Aquilo que já em mim
Se encontrava.... estava lá...
Esperando pra aflorar... florescer
Dar frutos, amadurecer...
Que luta travei bem cedo
Mesmo com tanto medo
Pra desdizer os ditos
Desentortar os mitos
Driblar os ritos
Vencer tabus, preconceitos
Salvar os meus direitos
De apenas ser feliz
Quanta doideira...
Canseira pra remediar
Remendar, cerzir as vestes
Pra quando eles m’as pusessem
Usasse sem questionar...
Rebeldia...era assim
Calcada dentro de mim
Fervendo por não poder
Saciar a fome de ser eu...
Sim, eu queria ser
Aquilo que eu quizesse
E não deixar que fizessem
O que sempre eles diziam
Ser o melhor pra mim...
Não... muitas vezes não era
Mas enfim, naqueles tempos
Eram outros pensamentos
E os meus, como diziam
Destoavam dos argumentos
Que eles pensavam ter...
Ah... quanto trabalho eu tive...
Mas posso dizer que valeu
Nunca ter me acomodado
Sim... fui rebelde no passado...






















VIDA NOVA

A vida começa hoje
Agora... todos os dias
Sempre é tempo, sempre é hora
De começar vida nova
Expurgar o que não serve
Levar adiante o que é bom
Abrir mais o coração
Olhar em frente, olhar atrás
Aproveitar o que deu certo
Jogar longe o incorreto
Mirar sempre aquela luz
Bem no finzinho do túnel
Deixar-se levar por ela
Sem medo de chegar lá...
Acreditar que o melhor
Sempre vem... assim será
Assim é a nossa vida
Tão cheia de ensinamentos
Com momentos muito bons
E momentos bem ruins
Sim... a vida é assim
Viver, aprender, ousar
Separar o que faz bem
Se jogar e ir além....

domingo, 12 de janeiro de 2014

12 janeiro 2014


VOLTA LOGO

Saí por aí
Busquei por você...
Olhei lado a lado
Aqui, acolá...
Não o vi...desejei
Você, meu amado...
Pensei no passado
No doce presente
Enxerguei você longe
Tão longe daqui...
Pedi... volta logo
Preciso que venha
Depressa, correndo...
O tempo tem pressa
Se apressa pra tê-lo...
Não esqueça a promessa
Que um dia me fez...
Estar ao meu lado
Vem cá, meu amado
Ficar sempre junto
Comigo, que o mundo
Sem ter você perto
É o mesmo que a planta
Vivendo sem água
No solo mais árido
Em pleno deserto...
           




O LAVRADOR

Passando, vi um lavrador
Apoiado ao cabo da enxada
Pitava longe, absorto
O seu cigarro de palha...
Num sol quente de doer
Parecia até feliz
Passei por ele
Cumprimentei-o e disse
Cigarrinho bom, é esse...
No que ele respondeu
É, moça...é muito bom
Colhi a palha na roça
E o fumo eu mesmo plantei
Adubei com meu suor
E o milho eu capinei
Vi crescer, formar espiga
Depois vi ele granar
Fiz curau, pamonha, tudo
O que o milho pode dar...
Debulhei... tratei galinhas
O gado eu alimentei
A palha sobrou...guardei
Pito o meu pito com gosto
O melhor que eu já fumei...
Foi mais ou menos assim
Nossa conversa gostosa
Ele falando de coisas
Que eu conheço muito bem
Plantar e colher o milho
Fazer curau e pamonha
Debulhar quando está seco
Só não entendo de pito
Sim...aquele das baforadas...
Mas vi plantações de fumo
Sei muito bem sobre isso...
Ficaria horas com ele
Falando, filosofando
Aprendendo, sentindo
O cheiro doce da terra...
Me enleva, me enriquece
Vejo nisso uma prece
Lembrei-me então do meu pai...
Plantar o milho... capinar
Olhar o céu, implorar
Que abrande o sol
Que venha a chuva
Cresça o milho, grane farto
E nos encha de fartura...


















MORADAS

Na casa do meu Pai
Existem muita moradas
Inúmeras....
Quero conhecê-las todas
Me encantar...
Conhecer todas as plagas
Viver, sentir, amar
Estar com todos
Sem pressa, sem hora
Senhora de mim
Com tempo de sobra
Ou sem tempo, enfim...
Se o tempo não é, não tem fim...
Tenho pra mim todo o tempo
Pois sou o tempo de mim...



VÉU DE NOIVA

Vai longo se arrastando
Cobre o belo e jovem rosto
Segue a noiva embelezando
Lentamente ele acompanha 
Seus momentos de magia
Vai em pompa, o véu tão branco...
Majestoso, e ao mesmo tempo,
Qual servo servil se arrasta...
Cumpre o rito, leva a amada
Ao encontro do seu homem...
Lindo véu cobrindo a jovem
Desejosa, desejada
Dança em passos ritmados...
Segue o véu sua nubente
Se arrastando, acompanhando
Toda ela, em passos lentos...
E solene, em puro êxtase
Cumprindo seu ritual
Passa leve entre os presentes
Num silêncio magistral...
Entrega o seu presente
Tão único... sem igual...





























sábado, 11 de janeiro de 2014

sabado dia 11 de janeiro


HUMORES

Ás vezes me perguntam
Você é sempre assim
Tão assim bem humorada?
Eu respondo... não, não sou
Tenho momentos de amuo
Mau humor, azedume
Sei lá que nome se dá
Porém, eles passam logo
Mas é tudo a mesma coisa
Mau humor... sim, com certeza
É isso que às vezes tenho
É isso que todos têm
Mas quando a coisa é crônica
Ah, meu Deus... dá até medo
Só em pensar no convívio
Com pessoas desse jeito...
Conheci um tal sujeito
Com tanto mau humor
Que nunca estava bem
E quando alguém perguntava
Como é que ele estava
Só faltava responder...
Porque....o que é que tem você
A ver se eu estou mal ou bem?
Ah... eu nunca entendi
Como é que essa pessoa
Aguentava a si mesma...
Acho que era mal amada
Mas como amar as pessoas
Carrancudas, amuadas?






BOM DIA

Bom dia sol
Bom dia chuva
Bom dia vento,
E tudo o que você tras
Sementes que formam árvores
E sustentam passarinhos
Flores que enfeitam lares
Frutos que alimentam
Sabores inigualáveis
Bom dia, manhã tão clara
Mas poderia estar cinza
E mesmo que estivesse
Assim mesmo eu saudaria...
Bom dia, chuva gostosa
Molhando, trazendo vida
Bom dia, sol clareando
Aquecendo, proclamando
A beleza que irradia...
Bom dia, meu vizinho
Transeunte, irmão, amigo
Passando, deixando a graça
Cumprimentando sorrindo...
Bom dia a vocês, crianças
Indo animadas pra escola
Bom dia, donas de casa
Acordando, alegrando
Com sua doce presença
Para mais uma jornada...
Bom dia, meu cafézinho
Tão gostoso, bem coado
Bom dia... bom dia a todos
Que quizerem o meu abraço...


























sábado, 4 de janeiro de 2014

infantis - 4 de janeiro 2014

PATINHA FELIZ - inf. 01

A patinha fez quá quá
Pra chamar a patarada
E juntou à sua volta
Patinhos, patos e patas
Foram todos pra lagoa
Nadaram a tarde toda
Voltaram então para casa
Qua qua qua... que vida boa...
Patinha, muito prendada
Serviu para os seus amigos
Bolo com limonada
E todos festejaram
A tarde tão encantada...




LARINHA NA HORTA - inf 02

Larinha pegou na horta
Legumes e verduras
Levou para sua mãe
Preparar gostosa torta
Sua mãe ficou feliz
Pois Larinha sempre diz
Gostar das coisas da horta
Larinha é menina esperta
Porisso sabe também
Que legumes e verduras
Fazem muito, muito bem....



O PÁSSARO CANTOR - inf 03

Lili tinha um pé de rosas
Plantado bem na janela
E quando ele florescia
Um passarinho cantor
Pousava em meio as flores
Assobiando com graça
Belas canções de amor....
Mas um dia um homem mau
Passou e arrancou a flor
E o passarinho cantor
De tristeza até chorou...
Mas Lili, muito amorosa
Plantou outro pé de rosas
E assim que floresceu
O pássaro se alegrou           
E cantou... cantou... cantou...





AS MÃOS DA MAMÃE - inf. 04

Minha mamãe parece anjo
Tem as mãos bem delicadas
Me acaricia, me abraça
Faz comidas bem gostosas
Penteia os meus cabelos
Me dá banho, me perfuma
Suas mãos são milagrosas...
Se a mamãe tem mãos lisinhas
Ou se tem calos nas mãos
Isso pouco ou nada importa
Pois quando me faz carinhos
Sei que vem do coração...




A PATA CHATA - inf. 05

Era uma vez uma pata
Linda, mas muito chata
Punha defeito em tudo
Andava toda empinada
Se achava a dona do mundo
Porisso a tão bela pata
Não tinha nenhum amigo
Mas então, um belo dia
A patinha adoeceu
Uma gripe muito forte
Deixou a pata tão fraca
Que nem conseguia andar
E sozinha em sua cama   
Com febre e as pernas bambas
A patinha então pensou...
Como é triste, ser sozinha...
E prometeu melhorar
Ser muito, muito simpática
E também mais educada
Pra nunca mais ser chamada
Por ninguém, de pata chata....




MAMÃE GATA - inf. 06

Certo dia, bem cedinho
No porão da velha casa
Mamãe gata fez seu ninho...
Afofou uma almofada
Colocou-a num caixote
Se deitou e esperou
Pois era chegada a hora
De nascerem seus filhotes
E lá veio o primeiro
Tão branquinho feito neve
Depois o segundo, o terceiro
Pretinhos feito carvão
Mamãe gata estranhou
A diferença de cor
Mas amou de coração...
Vieram então mais dois
Pintados em preto e branco
Mamãe gata examinou
Um por um os seus filhinhos
E miou de alegria
Pois no mundo não havia
Nenhum gatinho mais lindo...






O PUM DA ROSINHA - inf. 07

Rosinha soltou um pum
Na festa de aniversário
Foi um traque... foi só um...
Mas o Márcio reclamou
Quando sentiu o fedor
E a menina, chateada
Com o pum que escapou
Foi sentar na sala ao lado
E quietinha lá ficou
Mas Joãozinho quando a viu
Tão triste e envergonhada,
Falou... Rosinha, se acalma...
Um punzinho não é nada...
Eu solto pum toda hora
E quando um pum me escapa
Numa festa, ou na aula
Eu disfarço, mas nem ligo
Pois o pum, eu sempre digo...
Faz parte...é nosso amigo....







O SAPINHO E O MENINO - inf. 08

Um sapinho cantador
Coaxava na lagoa
Passou por ele um menino
E o sapinho se assustou
O menino viu o sapo
Assustado... então falou
Bom dia, querido amigo..
Fique calmo, por favor
Sou menino bem bonzinho
Gosto muito de você
E de todos os bichinhos
Animais, animaizinhos...
Gosto também das plantas
Sou amigo da natureza
Que tristeza quando vejo
Crianças e gente grande
Jogando lixos nas ruas
Que depois, ao vir a chuva
Faz o rio alagar
Ah... eu jogo o lixo no lixo
Nunca em outro lugar...







     

RATINHA LINDA - inf. 09


A ratinha toda prosa
Foi pra rua passear
Vestiu sua melhor roupa
Colocou brinco e colar
Chapéu de renda bordado,
Pôs tiara na cabeça
E uma bolsinha do lado...
Estava linda, tão linda
A danada da ratinha...
E passeou pelo parque
Pela praça da cidade
Foi andando... andando...
E passeando encontrou
Um ratinho bonitinho
E o namoro começou
Tudo ficou mais lindo...
E o ratinho apaixonado
Com a rata se casou...
Ele vestido de fraque
Ela de roupa rendada
E até hoje o ratinho
Dá flores pra sua amada...





COELHINHA DENGOSA - inf. 010

A coelhinha dengosa
Se vestiu de cor de rosa
E viu a chuva cair
Pegou a sombrinha nova
E uma rosa no jardim
Foi contente pra igreja
Rezar para os bons anjinhos
Pedindo que eles cuidassem
De todos os coelhinhos...
Colocou a linda rosa
No altar do Deus menino
E cantou um belo hino
Para os anjos alegrar
Voltou pra casa contente
Foi um dia diferente
Coelhinha sempre diz
Que foi um dia feliz...







FESTA NA FLORESTA - inf. 11

O leão bem respeitado
Por ser rei dos animais
Convidou a bicharada
Pra fazerem grande festa...
Passou em todas as tocas
Casas, árvores, rios
E anunciou com voz grossa
Convidando a bicharada
Pra se reunirem todos
Lá na praça da baixada...
Pediu que todos levassem
Instrumentos pra tocar
Pois seria um belo evento...
Sapo levou pandeiro
Macaco, a flauta doce
O urso veio de longe
Trazendo um saxofone
Um violão afinado
Foi a girafa quem trouxe
E um lobo desdentado
Trouxe viola e chocalho
E tocaram e cantaram
Nessa noite tão incrível
Foram pra casa cansados
Mas alegres, desejando
Outra festa inesquecível...

O MACACO MAESTRO - inf. 12

Um macaco já cansado
De pular de galho em galho
Teve uma idéia mestra
Ser regente de orquestra
Chamou então o peru
Pra fazer glu glu glu glu
Convidou um galo só
Pra cantar cocoricó
O gato se ofereceu
Pra fazer miau miau
A pata então falou
Eu faço qua qua qua qua
E o macaco ensaiou
Um a um cada animal
Não deu pra formar orquestra
Mas sim, um belo coral
Era grande a alegria
Quando o macaco regia
O coral com maestria...




A CORUJINHA CORUJA - inf. 13

A coruja fez seu ninho
No topo de um grande poste
Botou lá os tres ovinhos
Que lhe deram muita sorte
Pois depois de bem chocados
Nasceram tres filhotinhos
Tão belos... ela dizia...
Não tem filhotes mais lindos...
E então, já crescidinhos
Mamãe coruja ensinava
A voarem seus filhinhos...
Certo dia, então passando
Perto de um gavião
Mamãe coruja pensou
Ah...gavião danadinho...
Pensa que vai comer
Filhotes tão bonitinhos?
Mas o gavião passou
E vendo a corujada
Disse consigo mesmo
Deixa irem, coitadinhos
Não vou querer nenhum deles
São muito, muito feinhos.....

HISTÓRIA PRA LARINHA - inf. 14

Lara, um doce de menina
Pediu pra sua vovó
Contar-lhe uma historinha
Sua vovó perguntou
História do que, Larinha ?
Do chapeuzinho vermelho...
Conta, conta, vovózinha...
E então, sua vovó
Se lembrou de uma vizinha
Muito, muito educada
E também muito bonita
Que usava um chapéuzinhio
Tão vermelho quanto o vinho
E contou -lhe  uma história
Muito, muito bonitinha...
Mas não tinha o lobo mau
Na história da vizinha
E Larinha então falou...
Adorei sua historinha
Não gosto do lobo mau
Que comeu a vovozinha...





DITA CABRITA inf. 15

Dita é uma cabrita
Pretinha, muito pretinha
Todo dia vai a Dita
Passear no bar da esquina
Cumprimenta todo mundo
Estendendo a pata preta
Todos conhecem a dita
Cabritinha muito esperta
Chega sempre em hora certa
Ganha frutas, ganha doces
Todo mundo gosta dela
Dita é mansinha de fato
Crianças lhe dão abraços
E tiram fotos com ela
Mas a Dita, certo dia
Não chegou no bar da esquina
Estranharam sua falta
Procuraram pela Dita
E a encontraram bem quietinha
No canto da casa ao lado
Amamentando a sua cria...






A CASA ASSOMBRADA - inf. 16


Aninha foi brincar
Na casinha abandonada
Chegou lá sua amiguinha
Que assustada lhe falou
Saia já daí, Aninha...
Essa casa é assombrada
Tem barulho de pisadas
Mas Aninha, curiosa
Não quiz saber de prosa
Foi chamar a sua mãe
E juntas, bem de mansinho
Entraram, e logo viram
Uma raposa bem grande
Com a sua raposinha...
Aninha se encantou
Com o lindo filhotinho
E todo dia ia lá
Brincar com as amiguinhas
E encontrar as raposinhas....






CLARINHA BAGUNCEIRA - inf. 17

Clarinha linda menina
Tem muitos, muitos brinquedos
Tem também lindos vestidos
E sapatos coloridos...
Gosta de se arrumar
Usa brincos e colar
Pulseiras...flor  nos cabelos
Bolsas com coisas dentro
E sai toda perfumada
Passear perto de casa
Mas mamãe ficou bem triste
Quando viu o seu quartinho
Muito, muito bagunçado
E quando Clara voltou
Mamãe, zangada falou...
Menina, que bagunça é aquela
Que ao sair você deixou?
Isso é muito, muito feio
Também falta de respeito
Deixar pra outro arrumar
A bagunça que aprontou
E Clarinha, envergonhada
Depressa tudo arrumou...
Seu quartinho ficou lindo
E a mamãe feliz ficou...





FORMIGOS AMIGOS - inf. 18

Formiguinha ia cansada
Carregando sua carga
Levava pra sua casa
Um pouquinho de comida
Mas parou e pediu água
Na casa da vizinha
Bateu de leve na porta
Outra formiga atendeu
Se abraçaram muito forte
Formigão passou e viu
Achou lindo aquele abraço
Um abraço então pediu
E ficaram bons amigos
Formigão tinha nas costas
Um pouquinho de alimento
E juntou tudo o que tinha
Com o pouco que a formiga
Nas costas também trazia...
Mataram a sêde com água
Comeram toda a comida
Depois dançaram alegres
A amizade que surgia...

UM LAGO PRA BRINCAR - inf. 19

Màrcio e Henrique são irmãos
Muito espertos, muito bons
Moram perto da lagoa
E quando voltam da escola
Depois da lição de casa
Poem lanches na sacola
E com a mamãe bondosa
Vão nadar, correr, brincar
Mas mamãe avisa sempre
Fiquem aqui na beirada
E eles, obedientes
Nunca saem de lá
Pois sabem que mais à frente
O lago é bem  profundo
Nadam, pulam dão risada
Dizem coisas engraçadas
E então, à tardezinha
Voltam felizes pra casa
Lá encontram o papai
Esperando com saudade
E todos se abraçam forte
De pura felicidade....





A PATA CHOCA - inf. 20

Pata choca procurava
Pelo quintal da casa
Seu ninho cheio de ovos
Pra chocar os seus patinhos
Não achou, pobre coitada...
Procurou e procurou
Mas então, pensou melhor
Se lembrou de uma raposa
Que havia estado lá
E pensou então a pata
Ah, raposa mais sem graça
Comeu todos os meus ovos
Mas a pata teve sorte....
Pouco depois encontrou
Um ninho abandonado...
Pata choca então chocou
Os seis ovos de angola
Que estavam lá deixados
E era muito engraçado
Ver mamãe pata branquinha
Cuidando das angolinhas
Todas...muito pintadinhas....






MENINO BOM - inf. 21

Márcio é menino levado
Mas bonzinho e engraçado
Gosta muito de brincar
Também gosta de estudar
Faz sempre as lições de casa
Bem feitinhas....uma graça...
Depois brinca até cansar
Com Henrique, seu irmão
Vão juntinhos pra escola...
Toda noite dorme cedo
Pois está muito cansado...
Se deita e fica rezando
Agradecendo o belo dia
Depois dorme feito um anjo
Sonha os sonhos mais bonitos
E quando acorda de manhã
Abre seu belo sorriso
E então, com muita alegria
Recomeça um novo dia...








JOÃO DE BARRO - inf. 22

João de barro fez a casa
No galho de uma paineira
Foram dias de trabalho
Que lhe deu muita canseira
E então, bela manhã
Quando a casa ficou pronta
João de barro saiu cedo
Ver se achava companheira
E voou, voou, voou
Á noitinha então voltou
Cansado de procurar
Estava triste, o coitado...
Mas quando entrou na casa
Lá estava toda prosa
Passarinha tão formosa
Que dengosa lhe falou
Encontrei a casa aberta
Mas se quiser eu me vou...
João de barro, respondeu
Fique, não vá embora...
Fique aqui...faz frio lá fora...
E ela, então ficou...




LARINHA NA FAZENDA - inf. 23

Larinha foi passear
Com amigos na fazenda
Encontrou coisas tão lindas...
Um bezerrinho mamando
Numa vaquinha leiteira
Encontrou porquinhos mansos
Fuçando numa lixeira
Viu passarinho voando
Em volta da bananeira
Um cavalinho pastando
Na grama verde, molhada
Da chuvinha tão gostosa
Caída na madrugada
Larinha ria, ria muito
Pois com tudo se alegrava
Seus  amigos também riam
Foi um passeio tão lindo
Na fazenda encantada...







O BURRINHO COTÓ - inf. 24

Pocotó, pocotó, pocotó
Lá vem burrinho cotó
Trabalhou a vida inteira
É feliz, não tem canseira
Seu dono, menino bom
Cuida dele com carinho
Tem amor ao seu burrinho
Dá à ele água fresca
Milho e grama bem verdinha
Penteia seu belo pêlo
Mas o rabo, ah, que dó...
Alguém cortou por maldade
E ele ficou cotó
Isso não o incomoda
Vive bem, nunca está só
E relinchando ele diz
Sou cotó, mas sou feliz....






A PORQUINHA PORCA - inf. 25

A porquinha bem porquinha
Não queria tomar banho
Resmungava, reclamava
Do chuveiro de água fria
Sua mãe, a porca limpa
Pedia muito que a filha
Se banhasse todo dia
E então teve uma idéia
Esquentou um pouco a água
Colocou numa bacia
E chamou sua porquinha...
Porém, a porca não vinha
Mas mamãe ficou surpresa
Quando a filhinha chegou
Estava muito limpinha
E contente ela contou...
Fui junto com os porquinhos
Tomar banho no riacho
A água estava quentinha
Uma delícia, mamãe
Combinei com a porcadinha
Tomar banho todo dia
De hoje em diante, o que importa
É ficar sempre limpinha
Pra nunca, nunca mais
Ser chamada de porquinha...









quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

primeira postagem de 2014

LIVRES POEMAS

Canto livre meus poemas
Com a linguagem da alma
Vou contando minhas tramas
Velhos traumas...velhos dramas
Tão antigos sofrimentos
Que o tempo e os bons momentos
Se encarregam de apagar...
Canto as glorias e as vitórias
Conto o que acho ruim
E da forma que me sai,
Deixo sair de mim
Feito águas brotando
Das minas jorrando fácil
Ou feito flores que abundam
Generosas nos jardins...
Falo da vida... lida
Lido bem com tudo isso
Falo de um céu escuro
Ou de noites estreladas
Da chuva, do vento frio
Dos vendavais que surpreendem
Até as almas penadas...
Falo do amor sem dor
Aquele que todos querem
Falo da dor do amor
Aquele do faz de conta
Já que amor que é amor
Ama o amor que não fere....
Falo do ser humano....
Desumano, insensato
Do pavor do ódio insano
Falo do riso e o pranto
Do cotidiano simples
Das pessoas livres... boas
Que se importam com o bem
Falo também das raças
Das graças e desgraças
Do preconceito caquético
Que nada tem de poético
Conto o que me convém
Reconto o mesmo conto
Se acho que me faz bem
Tudo me vem em versos
Rimo até sem querer
Ás vezes rimar não quero
Mas é em rimas que me vem.....


QUERIDO DEUS

Saiba, querido Deus
Que nunca me sinto só
Pois eu sei que nem preciso
Procurar pra Te encontrar
És o meu melhor amigo
Sei que estás sempre comigo
Me habitas, eu habito
Em Ti, no Teu amor
No Teu colo eu me entrego
Numa entrega sem reservas
Deixo que me abraces
Confio que tudo posso
Estando junto de Ti...
Nada temo, me acho forte
Feito rocha... me agiganto
Me encanto, enxergo longe
Avanço, alcanço, o mundo é meu
Minha força...
É mais forte do que eu....
Tudo está ao meu alcance
Mesmo estando nos confins
O melhor sempre me vem
Pois sei que estando contigo
Com certeza estás em mim....





VIDA BOA

Um porco grunhiu
Cachorro latiu
O galo cantou
Galinha botou
Mané reparou
Em tudo que viu
e muito gostou
Saiu, capinou
Cuspiu fumo escuro
Encostou no muro
Enxada e facão
Pegou o jibão
Guaiaca de couro
Pos folha de loro
Atras da orelha
Pra mó de cheirar
Um cheiro bem bom
Não venha a Rosa
Cabocla cheirosa
Reclamar do cheiro
Se hoje inda é sexta
Nem banho tomei
Pois só tomo banho
No fim de semana
Enchendo a tina
Com água de poço
E o sabão de cinza
Aquele colosso
Que a mãe preparou
Amanhã eu me lavo
Ensaboo e me enxáguo
Pra mór de ir na missa
Tirar a catiça
Vou por roupa nova
Alpargata de sola
Trançada na corda
Vou levar a Rosa
Pra ver procissão
Fazer uma prece
Gastar na quermesse
Perfume na nuca
Vou jogar sinuca
No bar do Bastião
Que a vida é tão boa
Ninguém vive atoa
Eita vidão....